Você se prepara para dormir na expectativa de despertar com as energias renovadas – mas, no meio da noite, o sono é interrompido por um evento desconfortável: uma transpiração que deixa o pijama e, às vezes, até os lençóis… molhados! O que está por trás da sudorese noturna, e como seu desodorante antitranspirante pode ajudar?

Causa nº 1: fatores ambientais

Suar durante o sono tem causas múltiplas e variadas. Daí, vem a dificuldade de saber quando é algo isolado, um problema que requer atenção, quando buscar ajuda e até mesmo como tratar.

A primeira atitude, portanto, é a auto-observação. Se acontece de quando em quando, de forma isolada, e principalmente durante períodos de altas temperaturas, como no verão, a sudorese noturna pode ser simplesmente uma resposta natural do organismo ao aumento da temperatura.

Isso porque a principal função do suor é a termorregulação: quando há um aumento da temperatura no ambiente ou no corpo, termorreceptores localizados na pele enviam mensagens para o sistema nervoso central (SNC). Este aciona o sistema nervoso simpático, que induz o funcionamento das glândulas sudoríparas, a fim de manter a temperatura do organismo em uma faixa constante.

Durante o sono, há uma pequena queda na temperatura corporal, e a respiração tende a ficar mais pausada, com o organismo em relaxamento. Consequentemente, o mecanismo que causa a transpiração fica menos ativo – mas não inerte. Assim, se houver uma variação mais intensa de temperatura, o corpo reage como de costume para manter o equilíbrio.

Causa nº 2: alimentos, substâncias e fatores orgânicos isolados ou temporários

Às vezes, o aumento da temperatura corporal responsável pela sudorese noturna pode ter como causa o consumo de certos alimentos ou substâncias, como pimenta, álcool, gengibre ou café e até mesmo de alguns medicamentos, como certos remédios utilizados para tratar transtornos psiquiátricos ou hipertensão, além, é claro, dos antitérmicos.

Outras vezes, condições temporárias podem ser responsáveis pelo problema. Períodos de muita ansiedade ou estresse, por exemplo, podem resultar em episódios de sudorese noturna. Para algumas pessoas, mesmo o aumento na prática de exercícios físicos resulta em noites com mais produção de suor.

Da mesma forma, alterações metabólicas e hormonais, como as do climatério/menopausa ou do período pré-menstrual, podem estar por trás de algumas noites de suor. Homens também não estão imunes à questão. Até 20% deles chegam a experimentar episódios de sudorese noturna após os 50 anos de idade, por conta da queda nos níveis de testosterona, fenômeno conhecido como andropausa.

Causa nº 3: hiperidrose secundária

Às vezes, a sudorese noturna tem relação com um problema que também é percebido durante o dia, quando a pessoa está acordada: a hiperidrose, que é caracterizada pelo suor excessivo, para além da necessidade fisiológica de termorregulação corporal. Aqui, porém, é preciso estabelecer uma diferença, porque há dois tipos de hiperidrose: a primária e a secundária.

A hiperidrose primária (HP) ocorrequando as causas são inespecíficas (idiopáticas). Simplesmente, as glândulas sudoríparas são hiperativas e fazem com que a pessoa transpire em excesso mesmo quando a temperatura está amena e na ausência de esforço físico.

A HP, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), afeta cerca de 2 a 3% da população. Há alguns fatores que predispõem ao problema, como a ansiedade e o estresse, que tendem a piorar os sintomas já preestabelecidos; e até o histórico familiar. Ter outra pessoa com o mesmo problema na família pode resultar numa correlação de mais de 50%.

A hiperidrose primária geralmente aparece antes dos 25 anos de idade. Pode resolver-se por si só, mas é comum que permaneça a vida inteira – e há uma tendência de o suor excessivo concentrar-se em regiões típicas e específicas, como pés, mãos e axilas e, às vezes, também couro cabeludo, virilha, rosto e embaixo das mamas.

Um dado importante, porém, é que a HP não costuma ocorrer durante o sono, quando a pessoa está em repouso. Isso já não acontece com o outro tipo de hiperidrose, a secundária.

A diferença é que, na hiperidrose secundária (HS), ao contrário da primária, as causas são específicas e podem ser determinadas. Além disso, o suor excessivo é generalizado e pode aparecer em locais incomuns, em vez de focado em regiões típicas. Também é possível suar excessivamente tanto durante as atividades diárias quanto em repouso, ao dormir.

Entre as causas da HS, estão a diabetes, obesidade, hipertireoidismo, alcoolismo, doença de Parkinson, certos cânceres e alterações hormonais e metabólicas que podem induzir o suor durante o sono ou, como é o caso, durante o sono e a vigília, incluindo novamente o climatério/menopausa ou mesmo a gravidez. Certos medicamentos, como a fluoxetina, usada no tratamento da depressão, também podem estar relacionados à HS, ou seja, para algumas pessoas, podem causar sudorese excessiva não somente à noite, mas também ao longo do dia.

A hiperidrose, tanto primária quanto secundária, pode afetar muito negativamente a qualidade de vida, com uma piora nesse quesito muito similar à que relatam pacientes de outras condições crônicas, como insuficiência renal ou psoríase.

Causa nº 4: infecções e condições clínicas mais graves

Há casos em que a sudorese noturna ocorre de maneira mais restrita do que como parte de um quadro de hiperidrose secundária e por razões de maior gravidade. Em outras palavras, quando a pessoa está acordada, a transpiração é normal, e a sudorese vai incomodar preferencialmente ou somente ao dormir.

Essa condição pode vir associada a outros sintomas, como perda de peso, febre, dores, palpitações, sensação de frio ou dificuldade de respirar e, assim como a HS, requer uma investigação mais acurada.

Entre as causas mais comuns para esse tipo de sudorese noturna “preferencial”, estão alguns cânceres, transtornos neurológicos, infecções como a tuberculose e o HIV/Aids e também endocardite, abscesso pulmonar e mesmo doenças mais raras, como arterite de Takayasu ou mielofibrose primária.

A apneia do sono (bloqueio das vias respiratórias durante o sono) e picos de hipoglicemia que diabéticos experimentam enquanto dormem também podem estar relacionados a esse quadro.

Combatendo o problema e encontrando ajuda

Embora não tenha de ser sinônimo de algo grave, suar enquanto se dorme é algo para se prestar a atenção, especialmente se o problema é recorrente e/ou se um fator ambiental, ou um fator orgânico imediato e isolado, como um aumento de ansiedade ou estresse, não puder ser estabelecido com certeza.

Se for possível estabelecê-lo, tratar do estresse ou ansiedade com técnicas de relaxamento pode ajudar, assim como a recorrência a uma psicoterapia ou medicação sob orientação profissional.

Cuidar da dieta e consumir menos alimentos termogênicos, sobretudo antes de dormir, são outras providências que podem ser tomadas. Além disso, manter o quarto ventilado e fresco e usar roupas e lençóis mais leves e confortáveis podem atenuar os episódios em situações como menopausa, andropausa ou em períodos pré-menstruais.

Isso, é claro, não significa descartar a ida ao médico. Reposições hormonais, acompanhamento adequado e, no caso de pessoas obesas ou com sobrepeso, o emagrecimento sob orientação de médico ou nutricionista podem ser fundamentais.

Se há suspeita de hiperidrose, também se recomenda recorrer ao médico, para que ele faça os testes e estabeleça o diagnóstico. Os testes, segundo a SBD, incluem aplicação de iodo na área atingida e, posteriormente, aspersão de amido; ou o teste de peso, feito com papel especial, para determinar o acúmulo de suor.

Diferenciar se a hiperidrose é primária ou secundária, inclusive, é importante porque determina como vai ocorrer o tratamento. Na HP, medicamentos tópicos ou orais, uso de Botox ou retirada cirúrgica de glândulas sudoríparas ou gânglios da cadeia simpática nos casos mais severos costumam ter bons efeitos. Na hiperidrose secundária, o mais comum é que seja tratada, primeiramente, a causa que levou ao quadro.

Sudorese noturna persistente ou recorrente, sem causa aparente e especialmente se vier acompanhada de outros sintomas é sinal de alerta também para recorrer a um profissional da saúde. O diagnóstico precoce de uma infecção, diabetes ou câncer, por exemplo, não apenas atenua o desconforto de suar à noite, mas é essencial para viver mais e viver bem por mais tempo.

Estabelecida a causa e o tratamento, o uso de bons produtos antitranspirantes pode contribuir para garantir mais conforto e promover uma noite mais tranquila.

Esses produtos já têm indicação de serem mais eficientes durante o sono – recomenda-se aplicar pouco antes de dormir – e podem ser coadjuvantes importantes para um sono de mais qualidade enquanto são tratadas as causas da sudorese noturna.

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